Chuva

Mariza - Chuva

Jorge Fernando

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem

Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Saí de casa...olhei o céu...

ao longe a saudade diz-me que o mundo é grande

e que a vida deve ser encarada de forma serena..

nada acontece por acaso..nada existe apenas por nada

e a vida...a vida toma o sabor com que degustamos cada dia

se é dificil contral praticamente tudo o que acontece

temos pelo menos o poder de escolher a forma como encaramos os nossos dias

e hoje eu prefiro viver os meus dias assim...tranquilos

sonho

Luz forte que desenha e esvoaça na parede
raio de sol que chegou para me esquecer desta sombra
este ar quente que corre
eu sinto na pele mas ainda não chega aqui dentro
talvez seja cedo para acordar
ou talvez eu tenha receio de esticar a mão
e ver que o mundo lá fora tem muito mais calor
A brisa que corre é gelada e ficar aqui pode ser fatal
só de escutar...só de lembrar...
só de a sentir onde um dia só tinha calor

decidir abrir a janela
para deixar a sombra sair ou o calor entrar pode não ser a solução imediata
mas é concerteza um bom começo ...para me lembrar que para deixar valer a pena
não devemos nunca perder o calor que vem de cada um de nós....e devemos sonhar